sábado, março 29, 2008

post nº 053

ESCRITO NAS ENTRELINHAS

Escrevo linhas nas entrelinhas
Confundo-me com linhas a mais
Sob um céu de mil estrelinhas
Equidistantes, transcendentais

Agora…

Exponho sempre o que posso
Compondo só em compasso
Entre as linhas do que ouço
E as entrelinhas do que faço

Ao despir meus restos mortais
Quando expirarem as credenciais
Para legado, dou minha última riqueza:
O “pensamento” que nunca foi demais

Envolvem-se já as linhas de defesa
E ninguém come mais à minha mesa
Altezas reais, pedintes, mortais ou imortais…
Que os defuntos são todos iguais…

Agora…

Quem me mentir perde a franqueza


Jorge Coimbra

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