post nº 053
ESCRITO NAS ENTRELINHAS
Escrevo linhas nas entrelinhas
Confundo-me com linhas a mais
Sob um céu de mil estrelinhas
Equidistantes, transcendentais
Agora…
Exponho sempre o que posso
Compondo só em compasso
Entre as linhas do que ouço
E as entrelinhas do que faço
Ao despir meus restos mortais
Quando expirarem as credenciais
Para legado, dou minha última riqueza:
O “pensamento” que nunca foi demais
Envolvem-se já as linhas de defesa
E ninguém come mais à minha mesa
Altezas reais, pedintes, mortais ou imortais…
Que os defuntos são todos iguais…
Agora…
Quem me mentir perde a franqueza
Jorge Coimbra
sábado, março 29, 2008
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