ACREDITO NO PAI NATAL
Deixem-me dar agora o salto da fé
Olhos bem fechados, luz bem apagada
A vida que passe por mim em rodapé
Perdida, por nunca ter sido achada
Não me deixem crer ainda na artimanha
Que não aceito mais estar sempre triste
Quem perde, perde, não diz que ganha
E esta minha mão não é uma arma em riste
Acreditarei sempre no Pai Natal
Do meu imaginário mais profundo
Mundo onde o meu mundo é todo igual
Não como este nosso desigual mundo
Ainda ponho sapatinhos à lareira
Ainda sinto os Anjos à minha beira
Ainda trepo às árvores, intrépido
Ainda vejo uma virgem em cada mãe
Ainda perscruto o horizonte mais além
Ainda faço, todos os anos, um Presépio
Jorge Coimbra
2 comentários:
No fundo acho que ninguém deixa de acreditar no Pai Natal...e que se solte a criança em nós!
Li-te ao som de "Fernão Capelo Gaivota", foi um bom momento, obrigada.
Com um beijo, theo
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