domingo, novembro 02, 2008

post nº 078

ACREDITO NO PAI NATAL

Deixem-me dar agora o salto da fé
Olhos bem fechados, luz bem apagada
A vida que passe por mim em rodapé
Perdida, por nunca ter sido achada

Não me deixem crer ainda na artimanha
Que não aceito mais estar sempre triste
Quem perde, perde, não diz que ganha
E esta minha mão não é uma arma em riste

Acreditarei sempre no Pai Natal
Do meu imaginário mais profundo
Mundo onde o meu mundo é todo igual
Não como este nosso desigual mundo

Ainda ponho sapatinhos à lareira
Ainda sinto os Anjos à minha beira
Ainda trepo às árvores, intrépido

Ainda vejo uma virgem em cada mãe
Ainda perscruto o horizonte mais além
Ainda faço, todos os anos, um Presépio

Jorge Coimbra

2 comentários:

Unknown disse...

No fundo acho que ninguém deixa de acreditar no Pai Natal...e que se solte a criança em nós!

th disse...

Li-te ao som de "Fernão Capelo Gaivota", foi um bom momento, obrigada.
Com um beijo, theo