post nº 067
PIOR
PIOR QUE A GUERRA QUE COMEÇA É AQUELA QUE NUNCA ACABA
pensamento de: Jone Chipângua
segunda-feira, junho 30, 2008
domingo, junho 15, 2008
post nº 066
VERBOS
Dispor, repor sem impor
Compor, não descompor
Indispor ao propor
Não pressupor ao opor
Difundir, desinibir
Pungir sem oprimir
Assentir sem bramir
Definir sem fugir
Saber beber com saber
Reconhecer o envelhecer
Amar sem falsear
Aceitar sem mistificar
Honrar sem glorificar
Renascer ao perecer
O autor
VERBOS
Dispor, repor sem impor
Compor, não descompor
Indispor ao propor
Não pressupor ao opor
Difundir, desinibir
Pungir sem oprimir
Assentir sem bramir
Definir sem fugir
Saber beber com saber
Reconhecer o envelhecer
Amar sem falsear
Aceitar sem mistificar
Honrar sem glorificar
Renascer ao perecer
O autor

post nº 065
VIDA DE POETA
Não sou nenhum poeta
O poeta é aquele que atira a palavra
Como uma bala, como uma seta
Que derrama o sangue de sua lavra
Não sou poeta
Ser poeta é ser nobre
Eu apenas sou pobre
Rico nos sonhos mas pobre nas ilusões
Com os bolsos cheios de acreditar
Vazios de frustrações
Que só tem quem lhe cobre
Sou alguém que nada tem
Não sou poeta
Porque o poeta diz que não é poeta
Que nunca está feliz
Que a vida é uma mentira, uma trêta
Que se calçasse sapatos de verniz
Ele estalava
Ao som de qualquer palavra
E caminharia roto, descalço
E guardaria tudo o que é falso
Num baú a que só ele tinha acesso
Onde escondia da vida o viciado ópio
Num cofre, um caixão, onde devasso
Morreria fazendo amor com si próprio
Não, não sou poeta
Sou a aberração duma estrofe que se anima
Dum poema, dum verso que não rima
Mas não sou poeta
Nem sou deste planeta
Não me reconheço
Nos papéis em que me escrevo
Nem sou eu que os escrevo
Sou um tempo de ampulheta
Que morro e acabo em cada grão de areia
Como letras que escorrem da caneta
Para papeis de peça de teatro sempre em estreia
Não sou poeta, não tenho veia
Não sei ser poeta
Não sei rimar nem fazer versos
Sou um conjunto de papéis dispersos
Jorge Coimbra
VIDA DE POETA
Não sou nenhum poeta
O poeta é aquele que atira a palavra
Como uma bala, como uma seta
Que derrama o sangue de sua lavra
Não sou poeta
Ser poeta é ser nobre
Eu apenas sou pobre
Rico nos sonhos mas pobre nas ilusões
Com os bolsos cheios de acreditar
Vazios de frustrações
Que só tem quem lhe cobre
Sou alguém que nada tem
Não sou poeta
Porque o poeta diz que não é poeta
Que nunca está feliz
Que a vida é uma mentira, uma trêta
Que se calçasse sapatos de verniz
Ele estalava
Ao som de qualquer palavra
E caminharia roto, descalço
E guardaria tudo o que é falso
Num baú a que só ele tinha acesso
Onde escondia da vida o viciado ópio
Num cofre, um caixão, onde devasso
Morreria fazendo amor com si próprio
Não, não sou poeta
Sou a aberração duma estrofe que se anima
Dum poema, dum verso que não rima
Mas não sou poeta
Nem sou deste planeta
Não me reconheço
Nos papéis em que me escrevo
Nem sou eu que os escrevo
Sou um tempo de ampulheta
Que morro e acabo em cada grão de areia
Como letras que escorrem da caneta
Para papeis de peça de teatro sempre em estreia
Não sou poeta, não tenho veia
Não sei ser poeta
Não sei rimar nem fazer versos
Sou um conjunto de papéis dispersos
Jorge Coimbra
domingo, junho 01, 2008
post nº 064
REFÉM
REFÉM
Vivo sozinho e abandonado
Do mundo escorraçado
Vivo sozinho e sem dinheiro
Por dar esmolas ser o primeiro
Vivo sozinho como um ladrão
Vivo de amor que me não dão
Roubo um capim
Faço uma cama
Roubam-me a cama
Fico-me assim...
Vivo com fome e não a sinto
Pinto-a na tela em que me pinto
Sinto a saudade, corro com ela
Perco a corrida, fico-me a vê-la
Olho para o céu, vejo-o vermelho
Espelho de sangue em que me espelho
Olho para a terra, vejo-a de luto
Lapelas engomadas e chão corrupto
Olho para a vida, peço-lhe a morte
Abro uma rifa no cabaz da sorte
Sai-me branca a terminação
Sai-me a tristeza, mas a morte não
Jorge Coimbra
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