
post nº 058
PREFIRO
Eu prefiro estar sempre triste
Do que ser um alegre traste
Prefiro fazer pouco de mim
Que do meu riso outro gaste
Eu prefiro ser bom marido
Do que estar bem marado
Prefiro andar sempre ferido
Do que dar nome a feriado
Prefiro tornar-me obsoleto
Do que parecer absoluto
Prefiro desgastar-me a falar
Que ter que ouvir até me gastar
Prefiro sujeitar-me a descobrir
Do que destapar-me a encobrir
Prefiro ser uma grosa de obra
Do que ser o grosso do ébrio
Prefiro ser um circuito fechado
Do que o fio de terra reciclado
Prefiro ser mais obsessivo
Do que possuído obcecado
Prefiro ser chamado de Jorge
Do que ser chamado Porfírio
E prefiro que só de Jorge me chamem
Do que de Porfírio me aclamem
Prefiro ser o hoje e o agora
Do que ser o ontem ou o amanhã
Prefiro ter uma hora, em cada hora
Do que viver sempre em ante manhã
Prefiro ter melhor escrever
Do que ter melhor falar
Prefiro poder corrigir e safar
Do que já não conseguir apagar
Prefiro ter asas e voar
Desprender-me, elevar-me e pairar
Prefiro até ser penugem do ar
Do que não ter penas e penar
Prefiro ser chamado de Zé
Do que por Zé ser chamado
Prefiro a Divina providência
Do que política de previdência
Prefiro dormir mal acamado
Do que me acamar ao meu fado
Prefiro ser um humilde pecador
Do que algum super pregador
Prefiro ter a opção de preferir
Do que a obrigação de preterir
Prefiro acabar agora estes versos
Para que os ajuntem dispersos.
Eu prefiro…
Eu prefiro estar sempre triste
Do que ser um alegre traste
Prefiro fazer pouco de mim
Que do meu riso outro gaste
Eu prefiro ser bom marido
Do que estar bem marado
Prefiro andar sempre ferido
Do que dar nome a feriado
Prefiro tornar-me obsoleto
Do que parecer absoluto
Prefiro desgastar-me a falar
Que ter que ouvir até me gastar
Prefiro sujeitar-me a descobrir
Do que destapar-me a encobrir
Prefiro ser uma grosa de obra
Do que ser o grosso do ébrio
Prefiro ser um circuito fechado
Do que o fio de terra reciclado
Prefiro ser mais obsessivo
Do que possuído obcecado
Prefiro ser chamado de Jorge
Do que ser chamado Porfírio
E prefiro que só de Jorge me chamem
Do que de Porfírio me aclamem
Prefiro ser o hoje e o agora
Do que ser o ontem ou o amanhã
Prefiro ter uma hora, em cada hora
Do que viver sempre em ante manhã
Prefiro ter melhor escrever
Do que ter melhor falar
Prefiro poder corrigir e safar
Do que já não conseguir apagar
Prefiro ter asas e voar
Desprender-me, elevar-me e pairar
Prefiro até ser penugem do ar
Do que não ter penas e penar
Prefiro ser chamado de Zé
Do que por Zé ser chamado
Prefiro a Divina providência
Do que política de previdência
Prefiro dormir mal acamado
Do que me acamar ao meu fado
Prefiro ser um humilde pecador
Do que algum super pregador
Prefiro ter a opção de preferir
Do que a obrigação de preterir
Prefiro acabar agora estes versos
Para que os ajuntem dispersos.
Eu prefiro…
... ter o mundo nas mãos do que ter as mãos no mundo
Jorge Coimbra
Jorge Coimbra
Sem comentários:
Enviar um comentário