
post nº 041
PÃO
O campo de trigo espera
O dia de ser ceifado
Não é morte contrafeita
Nem é fim anunciado
Que perecer feito pão
Na boca duma ansiedade
Isso não é morte, não
É morrer para a liberdade
Liberdade para dizer
À boca que o consome
Foge de mim, foge, some
Se me não vieres comer
Matarei a tua fome
E quando me vires morrer
Lembra-te que em teu nome
Morro sempre que comeres
Jorge Coimbra
O campo de trigo espera
O dia de ser ceifado
Não é morte contrafeita
Nem é fim anunciado
Que perecer feito pão
Na boca duma ansiedade
Isso não é morte, não
É morrer para a liberdade
Liberdade para dizer
À boca que o consome
Foge de mim, foge, some
Se me não vieres comer
Matarei a tua fome
E quando me vires morrer
Lembra-te que em teu nome
Morro sempre que comeres
Jorge Coimbra
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