sexta-feira, janeiro 25, 2008





















post nº 028

ERIC

Tens nos olhos tudo aquilo que de mim é filho
E olhas o mundo como eu, um andarilho
Dos tempos, dos espaços, da contemplação

De todos os teus irmãos és o ajuntador de areia
Que se te agarra aos pés, nus, e em cadeia
Depositas como pegadas pequenas pelo chão

És aquilo que na minha vida faz todo o sentido
Aquilo que sempre encontro depois de ter perdido
A almofada onde descanso a já velha cabeça

Que eu apesar de pai, quero afinal aprender
Contigo, e é a ti que confio o meu cansado ser
Como quem a cruz beija e faz uma promessa

Prometo-te então, agora, amado filho meu
Que um dia hás-de ser bem maior do que eu
E continuarás a perscrutar o nosso horizonte

Em busca daquela estrela que espreitas da janela
Que te faz sonhar quando te abraças a ela
Como no dia da 1ª vez que escalaste um monte


Jorge Coimbra

5 comentários:

Anónimo disse...

É nos nossos filhos que nos cumprimos, que cumprimos a nossa tarefa neste mundo.
Um carinho para ele, um beijo para os pais, theo

Jorge Coimbra disse...

Cumprimos, umas vezes melhor outras pior, mas sempre, sempre, nunca desistindo.

Anónimo disse...

Oi Jorginho,

Penso ser o Eric, o teu filhote primogenito.
São as nossa alegrias e a nossa razão de viver ...
Um grande beijinho para ele e que sempre se orgulhe do PAI que tem .
Beijinhos para ti.
Zita

Anónimo disse...

Olá Jorge:
Este poema é especialmente belo. Tenho-me sentido a levitar, a ler os teus poemas ao som da música do blog. As histórias da meninice são engraçadíssimas; também eu vivi próximo do Espangara e recordo com muita saudade a música que vinha de lá ao fim de semana.
Um abraço
Adelaide

Anónimo disse...

Oi jorge:
Tão lindo este poema ao Eric
Felizes filhos que tal pai têm!... Obrigada pela tua partilha

Adelaide