post nº 071
Poção Mágica da minha terra
Aquele que corria rastejando entre nós
Como uma serpente submissa e escrava
Aquele por quem passávamos absortos e sós
Aquele que nos manchava e depois lavava
Inquieta maré, mistura de todas as poções
Tanto bentas como ímpias e sujas como o sarro
As movediças lamas, capturando nossos corações
Onde acabávamos por lavar nossos pés de barro
Que de ti foi feito, dos teu odores pungentes e fortes?
Do matope onde morrias e vivias todas as mortes?
Nem um rasto, nem uma só pegada, mole e leve
Que de ti fizeram, dos teus anos de imensa glória?
Lá na terra, eras o maior enredo à nossa história
A traição secou-te as lágrimas, já não choras... chiveve
Jorge Coimbra
quinta-feira, agosto 07, 2008
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1 comentário:
então Jorge? tá na hora do post/poema semanal... ;-)
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