segunda-feira, fevereiro 11, 2008




















post nº 038

ÚLTIMO TÚMULO

Se não és gente, és gente pobre, pobre semente
Se a vida te desfaz num dia, és pobre gente
Outros, que desdenham tudo, vão-te roubar
A nobreza de seres pobre para te matar

Se todos juntos formos bola indestrutível
Separados seremos areia indistinguível
Ventres com fome ressoam, mais um canhão
Semente da nossa semente germina em vão

Se quem calca uma mina é morte jovem
Foi moço que moços negaram ser homem
Foi ventania que do seu voar se cansou

Gentes que o são à pressa, escondem a tumba
Desse soldado sem nome, que vez só uma
Vestiu uma farda e nela se matou

Jorge Coimbra (ex: furriel miliciano)
02/11/1974


Em nome da paz... Se fez uma guerra. Já é hora
de guerrearmos pela paz, sem fazer guerra

1 comentário:

Unknown disse...

Por isso é que não gosto de vir cá ler os teus poemas!!! Fico sem vontade de escrever os meus... pobres, tristes... ai ai