quarta-feira, janeiro 23, 2008

post nº 022

A POESIA

Poesia que me persegue, como um eco, rimando
Desde todo o sempre que minha alma vive
É sombra bailando, e de quando em quando
Projecta meu corpo pelo chão, em declive

É a animação da própria sombra que sou eu
Sempre escura, mesmo quando me dá luz
Em noites... medonhas noites do pior breu
Como vela acesa, implacavelmente me seduz

Não adianta fugir... preso, pregado a ela
Crucificado, morto e vivo... sepultado nela
Não a querendo, sem querer... quero!

Quero ser poeta e escrever versos... versos!
Quero rasgá-los todos e esconde-los dispersos
Para sempre perdidos e achados no desespero


Jone Chipângua

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